Pense num perfume famoso. Certamente, o Chanel nº 5 virá a sua mente. Um dos emblemas da maison francesa e divisor de águas no mundo da perfumaria, o nº 5 quebrou regras ao introduzir, em 1920, uma época dominada por aromas florais de nomes dramáticos, um novo perfume abstrato com frasco em formato inovador e batizado "apenas" por um número, uma ode à simplicidade.
Agora, quase 100 anos mais tarde, a Chanel traz a Paris a Nº 5 Culture Chanel, exposição inteiramente dedicada à história – cheia de passagens interessantes, algumas osbcuras, outras tristes, e várias polêmicas, que ilustram bem a trajetória de Coco – do perfume. Entre as curiosidades que permeiam a história do nº 5, diz-se que o perfume nasceu após a morte de Boy Capel, amante de Coco que a marcou e despertou sua vontade em criar um cheiro, não só pela perda, mas para envolver uma mulher moderna e independente: "Uma mulher deve cheirar como uma mulher, não como uma flor", chegou a dizer.
Gabrielle Chanel nos 1910
A mostra, que fica em cartaz entre 05.05 e 05.06 no Palais de Tokyo (depois de passar por Pequim e Moscou), é imperdível para quem gosta de moda, já que recria momentos através de cartas, fotos, embalagens e anotações da própria Chanel e de escritores, e reúne trabalhos artísticos, fotográficos e objetos que mostram várias inspirações que permearam a mente criativa de Gabrielle, além de lembrarem sua relação com artistas, poetas e músicos como Jean Cocteau, Pablo Picasso, Igor Stravinsky, Salvador Dalí e outros. Imperdível.
Boy Capel, amante da Mademoiselle e suposto 'culpado' pela criação do perfume. Gabrielle e um de seus amantes nos anos 1920. Influências artísticas: Man Ray e Salvador Dali
Uma das primeiras campanhas da Chanel estrelada pela atriz Catherine Deneuve que foi imortalizada como símbolo do perfume durante décadas. E jardim que foi recriado por Piet Oudolf para conduzir os visitantes à expo.
Não é um must?
Bjs perfumados...
Flávia Eler.
Fonte .: Vogue